quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Jaboticabas

As ruas eram vazias e sem sentido uno nos lugares
Numa cidadela dessas ribeirinhas
O torpor da cerveja misturava-se com aroma das frutas nas árvores
Numa cidadela dessas pequeninas
Na lembrança de origem remota e frágil
Uma menina se escondia do vento
No momento de pureza simples e tátil
Uma menina suspirava por um momento
E se precisa desconfiar dos não -fumantes pois fumar é um ato de suspirar
Os habitantes da cidadela imaginavam o que queriam
Era uma criatura de interrogativas sóbrias
Os habitantes da cidadela faziam dela o que queriam
Era uma criança com opiniões próprias
Teciam o mito que a imaginação lhes permitia
Dentro da criança havia pedras
Produziam a vida que ela de longe quereria
Fora da criatura urravam feras
E neste jogo de dentro e fora a vida era simples a olhos distantes, no inferno em que ela escolheu morar. Era apenas uma moça de uma cidadela dessas ribeirinhas, era apenas uma moça de uma cidadela dessas pequeninas, nada mais...

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