quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Alma e corpo

Minha alma, minha alma
Minha alma in carcaça de corpo
Dela nada, nada se salva
Só dos olhos é que me absorvo
Arroto o que é convencional
Grito e sinto o que é carnal
Ó, moça burguesa dentro de mim
Por que é que me queres assim?
A minha alma livre do corpo
Apenas te sente pela visão
Teu hálito, teu cheiro e teu gosto
Frutos da carcaça de corpo são
Alma e corpo, mistura que não deu certo quando inventaram o amor.
Corpo meu, corpo meu
Embebedei-me, degustei o cheiro
Do que o nariz comeu
Com as mãos sem um pingo de receio
Invagino-te na noite só
Deixo meu cheiro no teu paletó
Ó, homem viril dentro de mim
Por que é que me queres assim?
Una, fixa, pura e livre?
Se sou duas, dois estados de alma
Almas que loucas vivem
Estranhas In carcaça de corpo-jaula

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