terça-feira, 12 de abril de 2011

Chá Verde


Ganho um céu de rosas despetaladas
Tenho poeira de sonhos descridos
Eu sou como poeira na estrada
Alçada pelo vento pré-tempestivo

Pó, um grãozinho de areia ínfimo
Mas dentro de mim tenho a grandeza
De um universo tão multi e íntimo
Que até me despensa a certeza

De que seja possível
De que seja cabível
De que estou ao nível
De que será infalível

É ca fé que eu tomo
É ca fé que eu preparo
É ca fé que me tira o sono
É ca fé que me amparo

Para crer nos sonhos de poeira
Novamente virando canteiro
Para que as pétalas em roseira
Se fixem fora do antigo cativeiro

Poeira ao vento
Poeira ao vento
Poeira ao vento
Poeira ao vento

Um comentário:

Adoniran Leblon disse...

Prezada querida,

Gosto muito quando você entra no dicionário e, com delicadeza sua, tira as palavrinhas no colo e as penteia e enfeita do seu jeito e elas ficam assim em roda de você todas sorrindo.

Obrigado pelo convite! Beijo ;)